Durante a Baixa Idade Média, a Europa passou pelo processo de formação dos seus Estados Nacionais. Portugal, Espanha, França e Inglaterra fortaleciam seus territórios e centralizavam o poder através da figura do monarca. Cada um desses países teve o seu processo de construção do Estado com características próprias e em tempo diferenciado, mas a seu modo, saíram fortalecidos. No entanto, a Itália e a Alemanha passavam por grande período de instabilidade política: estavam fragmentados, não possuíam ainda fronteiras definidas e governos próprios. Além disso, a Itália ainda sofria a tensão de ser invadida pela França (na região da Lombardia), pela Espanha (ao norte) e pelo domínio do Papa (ao sul), sem falar da rivalidade entre as famílias que disputavam o poder interno. Foi nesse contexto que viveu o pensador político Nicolau Maquiavel (Florença, 1469-1527), autor de “O Príncipe” - sua mais famosa obra -, que revolucionou a história das teorias políticas. Contemporâneo do Renascimento, Maquiavel buscava encontrar um líder que pudesse unificar o seu país, fortalecer o poder local e protegê-lo contra os ataques externos.Em “O Príncipe”, o autor reflete seus conhecimentos da arte política dos antigos, bem como dos estadistas de seu tempo, e expressa claramente a mentalidade da época. Formulando uma série de conselhos ao príncipe, Maquiavel expôs uma norma de ação autoritária, no interesse do Estado, com superação da fragmentação do poder, que caracteriza a idade média.As obras de Maquiavel foram, a princípio, bem recebidas, mas durante o período agitado que se seguiu à reforma, acabaram incluídas no Índex (lista de livros proibidos pela Igreja Católica), em 1559. A partir de então, passou a ser sinônimo da expressão do cinismo político, derivando daí o sentido pejorativo do termo “maquiavélico”.
Absolutismo - Na Idade Média, a autoridade do rei foi sendo reconhecida e reforçada pelas doutrinas de teóricos que justificavam o poder absolutista dos reis. “O príncipe” é uma obra absolutista, em que seu autor esboça a figura do monarca capaz de promover um Estado forte e estável. Já no início da obra, Maquiavel afirma que só existiram dois tipos de Estado (república ou principado) e mostra como eles foram instituídos (fundados por um governante, que o repassa para sua descendência, conquistados à força ou mistos), ressaltando a importância da autoridade que o governante, em ambos os casos, deve ter sobre os homens. Em toda a sua obra, o autor utiliza diversos exemplos de estadistas para ilustrar as características que o monarca deve possuir e as atitudes que deve tomar para conseguir ser um governante vitorioso.
Fontes:
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Ed. Martin Claret, 2004.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Ed. Martin Claret, 2004.
MORAES, J.G. Caminho das Civilizações. São Paulo: Atual,1994.
WERNECK, F (org.). Os Clássicos da Política: Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, Rousseau, “o federalista”. 13ª ed. Rio de Janeiro: 2003.
4 comentários:
A apresentação do grupo 1, sobre o Príncipe, de Maquiavel, será no dia 27 de março (próxima quinta-feira), às 18h30.
Essa parte foi a introdução do nosso trabalho. Quem quiser o trabalho completo e os slides, deixe seu email aqui nos comentários que eu os enviarei.
OLA MEU NOME É FERNANDA E GOSTARIA DOS SLIDES SOBRE A APRESENTAÇÕA DE MAQUIAVEL
OBRIGADA
Fernanda, me passe o seu email para que possa lhe enviar os slides.
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