“Gênese do Pensamento Político”, do filósofo francês François Châtelet, faz uma retomada ao passado para explicar a origem das idéias políticas na civilização ocidental. Para Châtelet, uma das principais fontes do pensamento político moderno é a civilização grega; a outra fonte principal são os textos sagrados do povo judaico (Velho Testamento), retomados pelos cristãos e pelo Islã. Esse texto faz parte do livro “História das Idéias Políticas” e traz uma reflexão sobre o desenvolvimento do pensamento político, e se esforça para sistematizar de modo claro as principais doutrinas que marcaram esse desenvolvimento.
A pólis grega – que eram as organizações politico-sociais tradicionais -, o código de Sólon; a exigência draconiana de os juízes tornarem públicos os argumentos que os levaram a tomar decisões; a lei como princípio de organização política e social concebida como texto elaborado (que influenciariam os romanos e todas as sociedades que seguem a família romano-germânica); democracia, oligarquia e monarquia; enfim, todos esses termos fazem parte da gênese do pensamento político, cujos conceitos nos são tão atuais.
Châtelet cita Aristóteles, e sua obra “A Política”, em que explica a cidade como lugar natural da sociedade dos homens. O autor sublinhou três aspectos principais da concepção grega clássica:
1. os gregos consideravam sociabilidade como natural: não se funda, se ordena;
2. o trabalho deprecia, o acúmulo de riquezas gera desconfiança e a atividade do laser é produtiva;
3. a humanidade é a mais elevada espécie do gênero animal. O “sobrenatural e divino” é a sua capacidade de raciocinar.
Entre outros conceitos, a democracia grega é uma das mais importantes contribuições para o pensamento político atual. Para Châtelet, que utiliza a classificação de Heródoto para os regimes políticos (monarquia, oligarquia e democracia) a contribuição de Atenas consiste em ter experimentado todos esses regimes, inventando uma nova definição para esse último.
1. os gregos consideravam sociabilidade como natural: não se funda, se ordena;
2. o trabalho deprecia, o acúmulo de riquezas gera desconfiança e a atividade do laser é produtiva;
3. a humanidade é a mais elevada espécie do gênero animal. O “sobrenatural e divino” é a sua capacidade de raciocinar.
Entre outros conceitos, a democracia grega é uma das mais importantes contribuições para o pensamento político atual. Para Châtelet, que utiliza a classificação de Heródoto para os regimes políticos (monarquia, oligarquia e democracia) a contribuição de Atenas consiste em ter experimentado todos esses regimes, inventando uma nova definição para esse último.
Com o passar do tempo, a Grécia foi decaindo e, simultaneamente, o Império Romano ganhando forças. Apesar de a civilização romana não ter a riqueza de invenção da grega, soube transportar para o real as idéias da cultura helênica e construir instituições de uma eficiência incontestável. O direito, a república e o império atuam enquanto instituem a ordem militar e administrativa, estabelecida pelo povo e pelo Senado.
Outra fonte importante para os conceitos utilizados hodiernamente no pensamento político provém das crenças monoteístas, segundo Châtelet. A Cristandade e o Islã foram os dois eventos mais importantes nessa área da civilização. Suas visões do mundo irão marcar duradouramente as idéias e os costumes. Uma e outra encontram suas raízes nos textos sagrados do povo judaico.
Em comparação com a tradição greco-latina, o monoteísmo propõe uma concepção de homem que mantém uma relação pessoal de submissão com o criador e a de comunidade criada através de uma aliança religiosa.
CHÂTELET, François; DUHAMEL, Olivier & PISIER-KOUCHNER, Évelyne. História das Idéias Políticas. Jorge Zahar Editora, RJ, 2000.
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