domingo, 15 de junho de 2008

Classes de Docimacias II... muito morbido!!

b. Docimasias Respiratórias Indiretas

Denomina-se assim o conjunto de provas que visa verificar se o recém-nascido respirou, utilizando para tanto outros órgãos que não os pulmões. As mais utilizadas são:

1. Docimásia gastro-intestinal de Breslau, se baseia na existência de ar no tubo digestivo, ingressa- do por deglutição toda vez que o feto tenha respirado. Após forte ligadura acima do cárdia e na ampola íleo-cecal, secciona-se o tubo digestivo que é, então, retirado e colocado em um recipiente com água. Se houver flutuação é porque o feto respirou; se afundarem é porque não houve vida extra-uterina. Nos casos em que durante as manobras de ressuscitação houve insuflação de ar no estômago do feto, apenas este órgão flutuará, enquanto que o resto do tubo digestivo afundará na água.

2. Docimásia auricular de Wreden-Wendt-Gelé, baseaia-se na ocorrência de ar na cavidade do ouvido médio que lá ingressara através da tuba timpânica (trompa de Eustáquio) desde que o recém-nascido tenha respirado. Consiste na punção da membrana timpânica, com a cabeça do feto mergulhada na água, caso o mesmo tivesse respirado, surgirá uma bolha de ar que sobre até a superfície do recipiente.

c. Docimásias Não Respiratrórias

Trata-se de provas que se não se baseiam na respiração fetal, mas em outras atividades vitais desenvolvidas pelo recém-nascido, como a deglutição. Existem várias mas as mais utilizáveis são:

1. Docimasia siálica de Dinitz-Souza, consiste na pesquisa de saliva no estômago do feto. A reação positiva é um indicativo de que existiu vida extra-uterina.

2. Docimasia alimentar de Bothy, consiste na pesquisa de leite ou outros alimentos no estômago do feto; referidos elementos não existem no natimorto.

3. Docimasia bacteriana de Malvoz, os fenômenos putrefativos, no feto natimorto, começam pelos orifícios da boca, nariz e ânus. Nos casos em que o feto teve vida extra-uterina, a putrefação se inicia pelo tubo digestivo e pelo sistema respiratório.

d. Docimasias ocasionais

Não se trata, a rigor, de provas técnicas, mas de observaç·es para cuja ocorrência se torna necessário que o feto tenha tido vida extra-uterina.

1. Corpos estranhos. A presença de corpos estranhos nas vias respiratórias do cadáver implica, necessariamente, que o feto tenha feito a sua inspiração, donde que tenha respirado.

2. Sinais de sobrevivência, como descamação cutânea; orla de eliminação peri-umbilical; dessecamento e mumificação do cordão umbilical etc.

3. Lesões traumáticas. Quando o feto apresenta lesões traumáticas com características inequívocas de terem sido produzidas "intra vitam", é irretorquível que o mesmo teve vida extra-uterina.


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