quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Introdução ao Pensamento Filosófico

Heráclito de Éfesos




O pensador Heráclito de Éfesos (atualmente Turquia), nasceu em 540 a.C na Grécia Antiga. Esse pensador abordou temas importantes como a Metafísica, Ética, Epistemologia e Política, mas sua principal tese esteve em torno da idéia de que tudo flui. Influenciou grandes pensadores como Platão, Aristóteles, Nietzsche, Heidegger, Popper, Whitehead, Jung. Concebeu a natureza como um todo racionalmente ordenado num processo contínuo de transformação, constituindo uma única realidade. Mesmo que nesse processo não houvesse coisas estáveis, ele continuaria a sê-lo, já que toda a mutação segue uma razão cósmica (logos) e uma medida (metrom) invariáveis. Heráclito também procurou um princípio comum às várias formas da matéria e identificou-o com o fogo.

Heráclito afirmava que não se podia entrar no mesmo rio duas vezes, pois para ele nem nós nem o rio são mais os mesmos, estamos em constante mudança. É o que ele chama de Devir, ou seja, o movimento. O Devir Heraclitiano além do constante movimento também é a harmonia dos contrários.

Para esse pensador grego o princípio de tudo é o fogo, que está em constante transformação, e tudo deriva dessa mutação, sendo o fogo o princípio de todo movimento e do próprio movimento, mas fogo não deve ser compreendido com o fogo que conhecemos na contemporaneidade. O fogo era visto pelo filósofo como aquele que governa todas as coisas, sendo, a inteligência do pensamento daquela época. O fogo é a razão o logos, uma lei racional, da qual seguiam os filósofos da phisis pensadores contemporâneos de Heráclito.






Parmênides de Eléia




Nasceu em Eléia, hoje Vélia, Itália. Foi o fundador da escola eleática. Seu pensamento está exposto num poema filosófico intitulado Sobre a Natureza, dividido em duas partes distintas: uma que trata do caminho da verdade (alétheia) e outra que trata do caminho da opinião (dóxa), ou seja, daquilo onde não há nenhuma certeza. De modo simplificado, a doutrina de Parmênides sustenta o seguinte:


  • Unidade e a imobilidade do Ser;
  • O mundo sensível é uma ilusão;
  • O Ser é Uno, Eterno, Não-Gerado e Imutável.

Devido a essas características, alguns vêem no poema de Parmênides o próprio surgimento da ontologia. Ao mesmo tempo, o pensamento de Parmênides é tradicionalmente visto como o oposto ao de Heráclito de Éfesos, para alguns estudiosos: Parmênides fundou a metafísica ocidental com sua distinção entre o Ser e o Não-Ser. Enquanto Heráclito ensinava que tudo está em perpétua mutação, Parmênides desenvolvia um pensamento completamente antagônico: “Toda a mutação é ilusória”. Parmênides vai então afirmar toda a unidade e imobilidade do Ser. Fixando sua investigação na pergunta: “o que é”, ele tenta vislumbrar aquilo que está por detrás das aparências e das transformações. Assim, ele dizia: “Vamos e dir-te-ei – e tu escutas e levas as minhas palavras. Os únicos caminhos da investigação em que se pode pensar: um, o caminho que é e não pode não ser, é a via da Persuasão, pois acompanha a Verdade; o outro, que não é e é forçoso que não seja, esse digo-te, é um caminho totalmente impensável. Pois não poderás conhecer o que não é, nem declará-lo.”
Numa interpretação mais aprofundada dos fragmentos de Heráclito e Parmênides, podemos achar um mesmo todo para os dois e esta oposição entre suas visões do todo passa a ser cada vez menor.


Sócrates


Acredita-se que Sócrates, foi um filósofo ateniense e um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental e um dos fundadores da atual Filosofia Ocidental. A fonte mais importante de informação sobre Sócrates é Platão (Alguns filósofos afirmam só se poder falar de Sócrates como um personagem de Platão, por ele nunca ter deixando nada escrito de sua própria autoria.). Os diálogos de Platão retratam Sócrates como professor que se recusa a ter discípulos, e um homem piedoso que foi executado por causa da conveniência de seu próprio Estado. Sócrates não acreditava nos prazeres dos sentidos, todavia se interessava pela beleza. Dedicava-se à educação dos cidadãos de Atenas, mas era indiferente em relação a seus próprios filhos.

Não se sabe ao certo qual o trabalho de Sócrates, se é que houve outro além da Filosofia. De acordo com algumas fontes, Sócrates aprendeu a profissão de paneleiro com seu pai. Na obra de Xenofonte, Sócrates aparece declarando que se dedicava àquilo que ele considerava a arte ou ocupação mais importante: debater filosofia. Platão afirma que Sócrates não recebia pagamento por suas aulas. Sua pobreza era prova de que não era um professor.

Algumas curiosidades: Sócrates costumava caminhar descalço e não tinha o hábito de tomar banho. Em certas ocasiões, parava o que quer que estivesse fazendo, ficando imóvel por horas, meditando sobre algum problema. Certa vez o fez descalço sobre a neve, segundo os escritos de Platão, o que demonstra o caráter legendário da figura Socrática.

Sócrates sempre dizia que sua sabedoria era limitada a sua própria ignorância (Só sei que nada sei.). Ele acreditava que os atos errados eram conseqüência da própria ignorância. Nunca proclamou ser sábio. (fonte: http://www.wikipédia.com.br/)

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